domingo, 30 de outubro de 2011

Alguém que vê de fora.

Ela ainda sente que precisa dele aqui. E ele, vez ou outra ainda a encontra dentro dele. A pergunta em questão é: o quanto isso importa agora? Eles são tão parecidos que encontram os próprios defeitos no outro e criam repulsa automática. Eles, sem saber, se amam.

Não é um amor destes em que você está pensando, é muito mais que isso. Ela o compreende, ele é seu cúmplice, diversas vezes um limpou a lágrima do outro,  simplesmente se escutaram, ou um abraço curou absolutamente tudo. É um daqueles amores que se completam, que são fiéis, que são divertidos, que sabem que sempre existe o outro, é aquele amor não egoísta, é um amor que dá conselhos, que ouve, que briga, que cuida, que procura, que consola e orienta. É muito maior do que qualquer amor que você está pensando. Eles nunca trocaram um beijo, mas entre eles existem afetos intermináveis que significam muito mais. E machuca, machuca tanto quanto qualquer outro tipo amor.

Não sabem a situação em que se encontram agora, não sabem como irão resolver, não sabem se o tempo irá curar. E assim vão levando, sentindo uma falta abafada no peito. Agora substituída por outras pessoas, por sorrisos forçados, conversas superficiais e segredos mantidos em si. Eles não percebem o quanto suas brigas são bobas, o quanto suas discussões são ingênuas e o quanto é realista a necessidade do outro em si. Eles são amigos, ou eram. Não se sabe. O que se sabe é que eles sempre desistem um do outro para sempre todos os dias, e voltam atrás.

Tânia F.

2 comentários:

  1. PARABÉNS, TÃNIA! ESCREVER É SEMPRE UMA DÁDIVA. GOSTEI DO BLOG.

    ANTONIO NETO

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