quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Aconchego.

Eu estou em pé, descalça, no alfalto quente, não sei quanto tempo mais conseguirei manter os pés firmes aqui, às vezes dou certos pulos, e passos para frente ou para trás, ninguém gosta muito de caminhar descalça sobre o asfalto quente. Nem eu. O fato é que a vida está me desafiando à algum tempo. Quando se está de pé aqui, no meu lugar, a gente chega a pensar em tudo o que é capaz de aguentar. Sobre o asfalto quente, as pessoas sempre passam correndo, correm de um lado para o outro da calçada, dando a menor quantidade possível de passos. Todo mundo evita. Só quem permanece alguns minutos na quentura, é quem perdeu ou achou alguma coisa muito bonita, digna de admiração. Vejamos, se eu encontrasse meia dúzia de trevos de quatro folhas, amarrados com uma fita vermelha e existisse, quem sabe, uma joaninha que queria proteger suas minúsculas pernas da quentura, e por tal motivo, estaria sobre os trevos de quatro folhas. Talvez, quem sabe, se existisse tal coisa e tal joaninha, eu perderia minutos aqui, sou daquelas pessoas que possuem um encanto natural pelas coisas, e veja bem, ainda assim, não seriam todas as pessoas que fariam o mesmo, e quando falo de gente que possui encanto natural, acredite, eu falo de pouca.

domingo, 5 de agosto de 2012

Outro sorriso, outros textos.

Nunca entendi porque nos adiamos tanto, e sempre achamos isso um motivo pelo qual deveríamos nos orgulhar. A verdade é que já deveríamos ter nos deixado pra trás faz tempo. Agradeço todo o nosso esforço, e sinto muito não atender mais as nossas expectativas. Mas ando tão exausta, de carregar essa nossa história, do passado que insiste em estar no presente, talvez a gente deva se renovar. Se fosse pra ser, garanto que já havia sido.