quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fechada para manutenção.


Não sei, estou tão diferente, tão mudada. Preferindo outras pessoas, outros risos, outros medos, outros abraços e querendo outros amores. Ainda que nem tudo mude, parece que tudo mudou. Ando esperando outras coisas, querendo outros gestos, inventando outros gostos. Eu prefiro assim, o outro, o depois, o amanhã. Por enquanto. Se o hoje, o agora, não bastar. Por que ainda insistir? Ninguém é tão ingenuamente idiota para isso. Não posso mais.

Não tem sido suficiente continuar do jeito que está, não tem sido merecedor. A situação não merece, o tempo não merece, eu não mereço. Estou tão confusa, tantas coisas que ontem eram importantes estão se tornando tão insignificantes hoje. Estou fechada para manutenção. Estou usando uma alma de crivo, e aviso: deixo somente o que valer a pena, esse pouco que vale, pode apostar, está extremamente bem alojado em mim. E o que não valer, talvez eu jogue por cima do ombro para ver se dá sorte, ou talvez eu solte ao vento. Não me importo que viva em qualquer outro lugar, contanto que não seja em mim.

Tânia F.

Um comentário:

  1. Agradeço sua gentileza enfeitada nas palavras em que repousei os olhos agora. Gostoso saber de coisas que outro coração sente. Seja sempre bem vinda à Ilha! Saiba que teu canto também fala nas entrelinhas tantas coisas que eu por vezes não digo, ou não saberia dizer, embora tanto quisesse. Beijos meus! :)

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