quarta-feira, 15 de maio de 2013

Jardim interno.

Você trouxe a luz da lua para dentro do quarto, as estrelas estavam dançando em mim quando acordei, e a primeira coisa que vi foi um de seus olhos fechados entre os travesseiros, me escapou um sorriso silencioso. As tuas mãos deslizaram pela minha cintura e eu me aninhei no teu peito. Eu senti quando você depositou um leve beijo na minha testa depois de abrir um largo sorriso. E aí, então, você estava ali, nós estávamos aqui. E aí então, eu, que sempre gostei da Terra girando, me vi querendo parar o tempo, me encontrei querendo ser única entre todas as sete bilhões de almas no mundo que tem a possibilidade de sentir o mesmo.

Não dá pra entender esse florescer aqui dentro, essa ventania, que bagunça todo esse delicado jardim interno, essa força que borbulha oceanos, toda vez que os nossos sorrisos se fazem perto, juntos, grudados, sempre que eu não preciso estar de olhos bem abertos pra saber que você está aqui.

Tânia Quaresma.

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