terça-feira, 20 de março de 2012

Aquarela infinita.

Não me encontro em lugar algum, não fico à vontade com coisas definidas, simples e claras. Só o mistério me instiga, só a dúvida me atrai. Sou formada por cores indefinidas e imagino tudo o que é possível antes de ser. Sou abstracional, só eu sei o que penso quando sou. E espero que nunca me mudem, não quero perder nunca essa aquarela interna infinita, nem quero ser passível de entendimento o tempo todo. Sou formada por rabiscos verdadeiramente meus e creio que belo mesmo é o interno que não se limita, que não se entende. E algum dia, quando alguém me contemplar o suficiente para conseguir me desvendar, saberei então, à quem pertencerei.

Tânia F.

Um comentário:

  1. Inveja literária pode?
    Seus textos me lembram como somos parecidas, e quão mais linda do que a minha memória consegue guardar você realmente é.
    E nunca deixou de escrever, Tânia, mas bem vinda de volta mesmo assim, porque agora ficou tudo mais colorido!
    Belo esse texto, a ideia dele e, a bem da verdade: é algo inefável.
    Saudades suas. Não se perca de mim em suas cores!

    ResponderExcluir