sábado, 8 de outubro de 2011

Presunçosa.

Eu caio em armadilhas que não sei sair.
Eu piso em pregos desconhecidos.
Tudo isso seria óbvio se não fosse tão proposital.

Sou tão presunçosa que ando por encruzilhadas jurando que não entrarei em ruas erradas, que não pisarei em falso, que sou incrívelmente boa para sair de qualquer coisa que eu ache que me prenda ou me engane. Eu me engano.

Eu cravo o pé propositalmente no prego desconhecido, julgando-me forte o suficiente para a qualquer momento arrancá-lo fora, sem dor, sem perda daquilo que estava em mim. Esquecendo que o que encontra-se aqui dentro não é tão somente o prego, ele não caminha sozinho. Esquecendo que posso ser contaminada. O amor pode ser uma bactéria.

Tânia F.

Um comentário:

  1. A mesma energia que te conduziu até o buraco é também impulso que serve pra sair dele. A direção da vontade é tua, quando aperta, quando enjoa, quando dói, quando não dá mais.

    Essa dor é aquele pano pra lente de óculos a nos fazer ver com os olhos de dentro que armadilha é prisão que nós mesmos criamos. E Amor não é bactéria, é chave.

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