quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um amor que não tinha.

Sinto falta de um sentimento que um dia tive. Falta de um amor que não tinha. Uma parte que perdi. Estaria mentindo se dissesse que sinto falta do amor de uma pessoa que eu não estou certa se amei, mas estaria mentindo se não confessasse que sinto falta daquele cais, aquele porto-seguro, o sentimento-âncora, que me prendia, que me mantinha segura, que me guiava. Sinto falta do meio-amor, do quase-amado. Alguns dias passam em que o peso da liberdade consome, e ser livre já não é tão leve assim, mas não trocaria essa liberdade por nada que não fosse real. Que não fosse sufocante, que não levasse meu ar embora. Asfixiasse os pulmões. Quero virar a esquina e morrer de amor.
Quero alguém pra chamar de amor e estourar por dentro a cada "eu te amo", alguém pra ser o "você" de músicas românticas.
Quero reencontrar um amor que não tinha.

Um novo amor.

Amanda H. Ferreira

2 comentários:

  1. Que seja um velho novo Amor. Velho apenas porque trará do caminho já trilhado, as cicatrizes que nos contam hoje aquilo pelo qual não se deve mais sofrer, e o novo, como benção e doçura a se aportar no céu de dentro da gente! :)

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  2. O engraçado é que esse texto serviu perfeitamente pra você, não é? Quanto mais eu leio, menos meu se parece, rs.

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