quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mal do século.

Ando cansada de gente que descobre amor setenta e três vezes ao ano. Nunca vou entender gente que ama em uma semana. Talvez eu seja das antigas, talvez o amor tenha sofrido mutação, sei lá. O importante hoje é essa competição desenfreada. Quem ama mais? Quem ama mais? Vendido! Ninguém se preocupa mais em viver uma relação - pra quê? -. O que importa é beijar cinco vezes, amar uma semana, sofrer duas, tchau e bença. 

Eu acredito em um amor verdadeiro, assim como acredito que ele chega para quem o merece. Não digo que é fácil. Fácil é dizer "amar" alguém nos primeiros dias, quando tudo convém, quando as coisas se resumem a corações e flores, quando tudo é perdoável. Difícil mesmo é aceitar toda a bagagem de defeitos que um ser humano carrega, todos os medos acumulados e dias nublados. Verdade seja dita: amor, só é amor com convivência e não simplesmente porque quer e deu vontade. Engana-se quem pensa que amor surge em um dia ensolarado, às três da tarde. Amor não se leva ao microondas, não basta três minutos, não é instantâneo. Nunca vou entender essa gente que descobre amor demais, que sofre demais, que banaliza demais! Hoje em dia, se você não ama, nem sofre por amor, sinto muito, não existe lugar pra você!
Tânia Quaresma.

2 comentários:

  1. Isso! Aplaudo e complemento, com a conclusão a que cheguei em meados de 2010: pro "eu te amo" de hoje, o "eu te adoro" bastava.

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  2. Triste, mas é verdade amiga, as pessoas não sabem mais o que é o amor, muitas vezes até amam, mas não sabem mais reconhece-lo ou decifrá-lo.

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